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VAGA VIVA M4MAIS

ESCALADA CURITIBA 

As Vagas Vivas, ou parklets, surgem com a intenção de quebrar a aridez excessiva do ambiente urbano contemporâneo, de devolver o espaço a quem o é de direito: às pessoas.

Entendemos, então, as Vagas Vivas como um espaço de recuperação da cidade às pessoas. Um espaço de reinvindicação, um espaço vivo, animado, coletivo. Que emerge para ocupar o que antes era morto, inanimado, individual.

Uma cidade feliz, viva, que compartilha, é uma cidade mais saudável. Esta, por sua vez, prospera!

O individualismo corrói vínculos, pontes de contato. Destrói redes e enfraquece a sociedade. Gera desconfiança. Quando se compartilha, reforçam-se os contatos, as redes, os vínculos. Cria-se a cultura da confiança e da generosidade.

Uma sociedade desconfiada é mais suscetível à violência e ao ódio. Segue as leis mais primitivas: firo antes de ser ferido, roubo antes de ser roubado. Não compito, mas busco êxito individual a qualquer custo.

Sobre essa constante dualidade constrói-se a proposta da Vaga Viva M4Mais. Busca-se a inspiração em elementos encontrados na prática do montanhismo e da escalada, esportes de aventura tradicionalmente praticados na natureza. Basicamente, a contracultura urbana. Mas não por isso haja a impossibilidade de coexistência e colaboração entre estes.

Toma-se como elemento a ser explorado na execução do mobiliário as cordas e cordeletes, íntimos de qualquer escalador e montanhista, e facilmente reconhecidos e associados ao esporte. A corda traz também consigo conexões com o discurso de ambiguidades construído ao redor das Vagas Vivas. Um elemento que outrora aprisionava, agora liberta.  As cordas trançadas criam redes, conectam-se através de nós. Os nós estes, que atam, criam vínculos, laços e fazem possível a leitura do todo enquanto conjunto. Sem nó, não há rede. Estas, por sua vez, podem unir ou separar, tudo dependerá da forma como serão utilizadas.

Estruturam as tramas de cordas, pallets. Bons e velhos conhecidos do design sustentável. O clichê inevitável. Elegante, porém.

Enfim, ainda que haja a poesia, ainda que haja a boa intenção, ainda que haja a Vaga Viva e ainda que ali estejam os mobiliários feitos de pallets e cordas, o mundo não será salvo. Ao menos não por esta vaga, ou tampouco por todas as outras 20 que nos acompanham hoje. Trata-se de um convite à reflexão para as próximas atitudes de cada indivíduo. Em prol das pessoas, do coletivo, da cidade, da natureza, da felicidade.

Vaga viva para o 1º Festival #VAGAVIVACURITIBA

Ano  2015

Projeto Arquitetônico  10,50 m²

Arquitetos Responsáveis  Augusto Pimentel Pereira, Ingrid Okraska Zimermann, Marcio Dambroski Buzzo

Arquiteta Convidada  Micaela Dias da Silva

Vídeo - Filmagem e Edição  Estúdio 42

Apoio  Caverna Ginásio de Escalada, Campo Base Ginásio de Escalada, Via Aventura Academia

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